os chaveiros caem das chaves
todos os dias
é bonito,
o soltar
tá aqui esta cara nova
minha desimportância festiva
de liberdade sem elo
o amor cresce nos novos respiros
eu não quero a chave
eu me livro
os chaveiros caem das chaves
todos os dias
é bonito,
o soltar
tá aqui esta cara nova
minha desimportância festiva
de liberdade sem elo
o amor cresce nos novos respiros
eu não quero a chave
eu me livro
Aquela paz
Da tranquilidade com esperança
E melodia.
Equilíbrio de passarinho no fio,
sozinho.
Pousa aqui
E treme.
Eu tenho sumiços.
Garimpo em mim um pouco do outro.
Este corpo suporta tudo que é vago.
Eu parto.
Recolho as pedras da minha independência.
não gosto do estrago, mas me excita a transição. me traz este cansaço, quimeras em vastidão:
das fronteiras dos caminhos eu entendo
entendo das margens
dos fins
os horizontes todos
(as beiras são gentis se é de amor o errante deslocar por pedregulhos)
a plenitude é feita de cacos
repartir-se é delicado
viver em franqueza é aceitar o desconforto
e Ser outro
no furacão
o olho
sou eu
descubro minha força
no fim dessa dor
sou eu quem decido
onde pôr meu vigor
no final de tudo existe um pote de brilho. vale a minha vida de resiliência aprender por intuição.não é por perfeição que eu cumpro o prometido. vivo por um prazer que me deixa em contramão: saltar de alturas perigosas porque cair é caminho. sentir a alucinação que é ter os pés no chão. não cuspo meu gosto na face do alheio perdido. a paciência é a única salvação. a (sua) inconstância não importa, eu não sei bater a porta. não escolhi dar as costas pro mundo.
eu brinco.
modestamente endereço a você estas palavras, por afeto, por não conseguir guardar, escrevo porque não aguento: a burrice é toda minha, e ainda está todo inteiro aqui dentro esse amor sonhado pra ser teu. mas eu não queria. nem eu sei quanto que isso custa. nem meu corpo. nem meu tempo. nem meus pulmões.
quando eu me calo
eu morro
quando eu falo
também
como parar?
nem eu me dou ouvidos
me desvia, senhor, de lugar
Eu tenho fé. Eu tenho força. Ninguém me para.
Guardo uma saudade
de você
que só as minhas pernas sabem
E meu sono interrompido
Meu tremor
O suor
O desespero